sábado, 5 de março de 2011

Retorno.


Quando abre a janela e a única coisa que ver é a linha do horizonte com um pôr do sol tímido e a total ignorância de espaço é nessa hora que te revelo: essa sou eu comigo mesma e com o meu retorno!
Não faço a mínima idéia do que vou encontrar na próxima parada. Tenho tentado não pensar no que estou deixando para traz, mas a sensação é de que tudo se tornou um sonho, um bom sonho daqueles que são rápidos e que quando acorda fica tentando dormir de novo para tentar voltar. Mas ao mesmo tempo me toma uma vontade de parar de viver com os sonhos, passar a enxergar a realidade e ter a coragem de abandonar aquela acomodação boa que os sonhos nos proporcionam.
Talvez eu sempre tenha vivido assim e todos os lugares que levo se sentem a vontade com a minha vontade.
Bueno, só me resta dizer que voltei ao meu lugar de origem com uma vontade de expansão ainda maior do que quando o deixei e continuando sem saber o que fazer com tudo isso que me toma.
Ainda continuo me esperando na próxima parada.
por Mariana Sobreira em 25/02/2011