sexta-feira, 11 de setembro de 2015

A Vida dá a Arte o que ela é.

“A vida dá a arte o que ela é.”

Essa frase ficou esquecida no canto diante a fotografia que a acompanhava. Muitos sequer notaram que havia alguns dizeres abaixo da mulher que posava para a câmera.

Isso por que os olhos só enxergam o que está em sintonia com a sua alma. Um experimento simplório do quanto o mundo das aparências pode ser bem mais atrativo do que o mundo da essência. 

Mas o que nos sustenta?

Provoco aqueles que olharam a imagem, mas levou para casa a frase. E com ela dançou uma boa música. Fotografou o detalhe de um sorriso meio torto. Atuou no palco da vida sentindo o que carregamos no plexo solar.

Porque a vida dá a arte o que ela é.

P.S. Estou retornando. ;)

sábado, 14 de julho de 2012

Inquietudine


Estava demorando...

A busca pela busca sempre me causa isso.
Quando tudo está estranhamente em ordem vem ela e me toma.
Não chega. Ela arremata.
Me joga para o outro lado.
Ganho asas e é exatamente aí que entro em chamas.
Inquietudine.
É como ela se apresenta a mim.
E é nesse intervalo de tempo que vem a grande mudança.
As mudanças que  (ora!) sempre foram ela (ou eu?).

terça-feira, 3 de julho de 2012

“Se algum dia você quiser andar sob as águas, você precisará descer do barco” 

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Uma chuva. Uma poesia. Um mundo explodindo dentro de mim.


Eu não sei ao certo o que me deu, mas de repente me bateu uma saudade súbita de mim mesma.
Sabe aqueles dias que você se dá conta de que tem algo fora do lugar? Ou pior que você encontra-se em qualquer lugar fora de você mesma?
Outro dia estava discutindo com uma amiga uma tira que falava justamente isso: “Tem dias que dá vontade de tirar férias de mim mesma”.  E quando acontece o contrário? Como faz?
Ajuda se eu gritar?
Hoje eu danço no meio da rua.
Hoje eu canto e alto.
Hoje eu dou o meu melhor sorriso para quem acabou de passar ao meu lado e que nunca ousou saber a minha existência.
Hoje eu falo com o desconhecido pela grande probabilidade do mundo dele ser tão interessante que mesmo poucas palavras seriam de grande enriquecimento na minha alma.  
Hoje eu danço flamenco.
Hoje eu deixei a poesia se engrandecer dentro de mim e de uma forma ou de outra ela me trouxe de volta.
Hoje timidamente resgato-me de mim mesma.
Coisa doida esse negócio de não se reconhecer.  
De repente e por algum motivo você deixa as pessoas entrarem e bagunçarem com tudo o que você conhece e te satisfaz com você mesma.
Passa o tempo e você percebe que essas transeuntes foram, mas deixou um rastro sujo em que seus valores foram questionados, seu sorriso ficou meio torto, a sua dança está descompassada, a sua liberdade de sentimentos está tão presa que você só tem uma vaga lembrança de que algum dia ela existiu.  Até a escrita está estranha.
Agora, eu me deparo comigo mesma tentando um retorno, porque constato que não existe nada nessa vida que valha a pena tirar a autenticidade do seu mundo.
E agora vai um relato de mim mesma dentro do meu próprio Eu:
“Bom mesmo é voltar pra casa depois de um dia de chuva, uma poesia e um mundo inteiro explodindo dentro de você”.
por Mariana Sobreira em 17 de maio de 2012.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

sábado, 5 de março de 2011

Retorno.


Quando abre a janela e a única coisa que ver é a linha do horizonte com um pôr do sol tímido e a total ignorância de espaço é nessa hora que te revelo: essa sou eu comigo mesma e com o meu retorno!
Não faço a mínima idéia do que vou encontrar na próxima parada. Tenho tentado não pensar no que estou deixando para traz, mas a sensação é de que tudo se tornou um sonho, um bom sonho daqueles que são rápidos e que quando acorda fica tentando dormir de novo para tentar voltar. Mas ao mesmo tempo me toma uma vontade de parar de viver com os sonhos, passar a enxergar a realidade e ter a coragem de abandonar aquela acomodação boa que os sonhos nos proporcionam.
Talvez eu sempre tenha vivido assim e todos os lugares que levo se sentem a vontade com a minha vontade.
Bueno, só me resta dizer que voltei ao meu lugar de origem com uma vontade de expansão ainda maior do que quando o deixei e continuando sem saber o que fazer com tudo isso que me toma.
Ainda continuo me esperando na próxima parada.
por Mariana Sobreira em 25/02/2011

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

E na espera...

Vontade de escrever por escrever [o meu netbook espanhol insiste em rejeitar todas as palavras que ele desconhece, portanto, paciência com a carência de alguns acentos].
Depois de um discussao interminável com um amigo de como se viver a vida fui derrotada pela conclusao de que  existem pessoas que sempre estarao esperando por algo.
Espera por um bom trabalho.
Espera para ganhar dinheiro suficiente (?).
Espera por um grande amor.
Espera para se encontrar espiritualmente.
Espera, espera e espera.
Espera para viver.
Mas será que tantas esperas conduzirao para algum lugar?
E se no meio dessa grande espera surge um evento cortante e lhe tira o que estava o tempo todo latente em suas maos, mas que pela insatisfaçao eterna nao percebeu que o que importava já estava ali e era aquilo que estava a espera de um olhar seu menos desatento para que impulsionasse o movimento do vivenciar?
Final das contas, quem está esperando deve contar apenas com a boa vontade do acaso.
E, "sincera e honestamente", já me peguei várias vezes esperando por algo. Entao as palavras acima me dao um tapa com classe na face de que tem consciência, mas por descuido pára entre um tempo e outro.